Brookfield eleva ocupação de escritórios para 91%
Valor Econômico

Apesar de todas as incertezas trazidas pelo isolamento social em relação ao futuro dos escritórios comerciais, a Brookfield Asset Management - dona de um dos principais portfólios de ativos de renda do mercado - elevou sua taxa de ocupação do segmento em relação ao patamar pré-pandemia de covid-19 de 86% para 91%. A maior parte dos edifícios corporativos se localiza na capital paulista. A vacância dos prédios da empresa se concentra no Rio de Janeiro.
Desde o início da pandemia, a Brookfield registrou 38 mil m2 de novas locações e 15 mil m2 de devoluções de áreas. “Sem dúvida, há uma nova dinâmica, no mercado, que ainda estamos entendendo, mas nenhuma devolução foi por causa do ‘home office’. Algumas empresas reduziram o espaço alugado devido à crise, e outras foram para prédios mais em conta”, disse ao Valor o líder do negócio imobiliário da Brookfield Asset Management no Brasil, Roberto Perroni.
Pelo menos três clientes informaram, segundo ele, que consideram adotar o sistema de trabalho híbrido e avaliam ampliar áreas ocupadas devido à necessidade de mais distanciamento entre as pessoas. “Para disseminar a cultura da empresa, o trabalho tem de ser presencial, principalmente para os entrantes”, disse. Houve devolução e contratação de áreas por inquilinos da indústria e serviços. Clientes do setor financeiro mantiveram os espaços alugados. Não tem sido necessário, conforme Perroni, a empresa ser agressiva em preços.
No fim de março, o portfólio de imóveis para renda prontos sob gestão da Brookfield correspondia a R$ 10 bilhões. Considerando-se apenas a parte própria, a área total de edifícios corporativos prontos soma 290.783 m2 e, em desenvolvimento, 373.071 m2. Com exceção de um prédio no Rio, todos os empreendimentos em operação têm padrão triple A. Um ano e meio atrás, a companhia passou a dar prioridade a desenvolver empreendimentos em relação às aquisições de prédios concluídos.