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Como a privatização dos Correios afeta a logística no Brasil?

Exame



Com a privatização dos Correios caminhando a passos largos nas últimas semanas, o mercado já começa a visualizar a possibilidade como realidade próxima. Mas como o setor de logística será afetado no Brasil caso realmente ocorra a venda? “Se trata da única empresa do setor com presença em todos municípios do país, com papel importante de capilaridade na distribuição”, diz Fernando Moulin, sócio da Sponsorb, consultoria boutique de business performance especializada em e-commerce.


E, para Moulin, é justamente nisso que consiste o principal risco: é necessário um marco regulatório que garanta a existência de agências menos lucrativas ou até deficitárias em cidades de menor porte – sob o risco de reduzir ou impossibilitar o acesso a parcela expressiva do território nacional. Afinal, para alguns brasileiros, os Correios são a única opção para logística. Atualmente, as empresas privadas atendem 400 municípios que representam 92% do volume, só que poucas ultrapassam 600.


Por enquanto, o valuation dos Correios não está definido e só deve ser revelado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no próximo mês. Afinal, a empresa é lucrativa e, em 2020, fechou com lucro superior a 1 bilhão de reais – somente em serviços prestados a terceiros, gerou receita de 1,2 bilhão no ano passado. Mesmo assim, os ativos da estatal (que incluem mais de 2.500 imóveis em regiões valorizadas do Brasil) talvez superem a importância do bom resultado.


“Em termos logísticos, são lugares extremamente nobres e caros onde essas empresas terão, de uma hora para outra, um armazém com estrutura já montada pronta para operar. E a empresa que assumir as operações terá o bom posicionamento dos Correios, além de poder realizar atualizações que aumentem a eficiência. Esses aspectos criaram uma corrida ao ouro”, afirma Daniel de Oliveira, professor da Fundação Vanzolini e da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

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