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Fim de ano é marcado pela devolução de imóveis corporativos em São Paulo



Sem terem uma perspectiva clara de quando a atividade regular nos espaços corporativos poderá voltar, por conta do prolongamento da pandemia do novo coronavírus, mais empresas se renderem ao trabalho remoto para reduzir seus custos operacionais. A decisão impactou diretamente o mercado de imóveis corporativos de São Paulo. Entre outubro e dezembro, mostram dados da plataforma de pesquisa imobiliária SiiLA Brasil, o saldo entre novas entradas e devoluções (absorção líquida) de escritórios de alto padrão (A+ e A) nas principais regiões comerciais da cidade ficou negativo em 24.680 m².

O desempenho retrata as saídas de empresas que optaram pelo home office, pela redução de seus escritórios ou mesmo pelo encerramento das atividades em decorrência da crise motivada pela pandemia. Mas, diferentemente do trimestre anterior, que registrou a saída de grandes áreas, neste as devoluções aconteceram em espaços menores e em maior número.

Muitos resolveram romper os contratos de aluguel e devolver as chaves. A saída mais expressiva foi da Latam, que entregou as chaves dos últimos 5.598,16 m² que ainda locava no Espaço Empresarial Nações Unidas. A Oracle, por sua vez, devolveu 4.238,34 m² no Morumbi Corporate, sendo metade da área em cada uma das torres.


As demais devoluções foram todas abaixo de 4.000 m², sobretudo de empresas que ocupavam 4 ou 5 andares e devolveram parte deles, reduzindo o espaço de escritórios para economizar enquanto seus funcionários trabalham de casa. O Itaú devolveu 3.829,75 m² no Faria Lima Financial Center, a GetNet saiu de 2.743,80 m² do Birmann 12 e a Prodam (empresa estadual de processamento de dados) do Centro Empresarial Água Branca (menos 3.600 m²). A Coca-Cola, por sua vez, deixou 3.498,20 m² no GT Plaza (região de Santo Amaro) e, até segunda ordem, só manterá um andar no EZ Towers além de escritórios dentro de suas áreas industriais.


Segundo avaliação da SiiLA, esse comportamento deve se manter nos próximos trimestres de 2021. “Esse tempo todo de pandemia acabou permitindo que as empresas pudessem entender melhor como seria possível reduzir custos. Para algumas, a escolha nesse momento foi pela devolução de espaços alugados”, afirma Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA Brasil.


Três das principais saídas aconteceram na Chácara Santo Antônio, que fechou o ano com taxa de vacância de 45% no alto padrão. Na região, a absorção líquida no período foi negativa em 11 mil m² (com absorção bruta de apenas 1.449 m²). O índice de imóveis à disposição nessa área só não é pior do que em Santo Amaro, que bateu 47% de vacância em dezembro, após a entrada no mercado de 5.275 m² novos – a única entrega de novo estoque de alto padrão nas regiões CBDs da cidade.


Além das desistências, houve também algumas trocas de endereço. O Machado Meyer Sendacz Opice Advogados, por exemplo, mudou quase completamente do Seculum para o Seculum 2, na região da Faria Lima.


Vacância em alta

No mercado geral de São Paulo, considerando imóveis A+, A e B e em todas as regiões comerciais mapeadas, o quarto trimestre de 2020 fechou com um dos piores resultados em termos de absorção líquida dos últimos tempos: -70,3 mil m². As absorções brutas nas 20 regiões monitoradas pela SiiLA somaram alta de 74.223 m² e os novos empreendimentos agregaram mais 19.823 m² ao estoque total. O mercado sofreu com o excesso de imóveis vagos, que tende a se manter nos próximos meses. O levantamento da SiiLA indica que, em dezembro, a taxa de vacância cravou 17,96%.


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