IGP-M, a inflação do aluguel, volta a subir em março e acumula alta de 31,1% em doze meses
Fonte: Estadão

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), também conhecido como "inflação do aluguel", por ser muito usado no reajuste de contratos, subiu 2,94% em março, após uma alta de 2,53% em fevereiro, informou nesta terça-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o dado, o indicador já uma acumula alta de 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses. É a maior variação em 12 meses desde maio de 2003.
Com esses números, a avaliação é de que não haverá mudança de tendência e que os preços no atacado (que têm maior peso no IGP-M) seguirão pressionando a inflação ao consumidor, segundo André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV.
"Isso mostra que boa parte do impacto das commodities de 2020 ainda se faz presente. As commodities acumulam 70,13% (de alta em 12 meses até março) e ainda se espalham pela cadeia produtiva", diz Braz, adiantando que mesmo que o IGP-M desacelere para a faixa de 1%, 2% em abril, por conta do recente recuo nos preços de combustíveis, a taxa acumulada seguirá elevada e o indicador pode até mesmo superar a marca de 23% de 2020, alcançando o nível de 25%. "Pode igualar ou até fechar em torno de 25%."
Já para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do País, Braz acredita que ficará acima da meta de 3,75% estipulada para este ano, em torno de 5%, ou até mais.