Para Kinea, nível de vacância em fundos imobiliários de escritórios ainda não atingiu o pico
Diante de uma crise sem precedentes, o pico da vacância imobiliária pode ainda estar por vir no mercado de fundos de escritórios, em meio à pressão exercida por empresas que vão precisar reduzir de tamanho por conta da pandemia. Essa é a avaliação de Carlos Martins, sócio e gestor responsável por fundos imobiliários na Kinea Investimentos.
“Setores com uma retomada mais lenta, que entraram no modo de ‘sobrevivência’, ainda podem mandar a equipe embora, então, no curto prazo, vamos ver empresas como as de serviços ficando menores”, afirma Martins.
Para ele, o maior impacto sobre o setor não deve partir de decisões de empresas de adoção do home office, mas, sim, das perdas econômicas geradas pela crise e os consequentes enxugamentos de pessoal.
O prognóstico, contudo, não deve implicar redução significativa dos preços dos aluguéis, na visão de Leandro Bousquet, sócio da Vinci Partners.
“Como os aluguéis estavam vindo de uma recuperação, o que vai acontecer é que reajustes de 20%, 25%, que estavam para acontecer, não serão realizados no curto prazo, ou serão em níveis muito menores”, observa.