Reabertura e alta da Selic guiam apostas no mercado de fundos imobiliários
Folha de S.Paulo

Em meio a uma incômoda pressão inflacionária que não dá sinais de que irá arrefecer tão cedo, os economistas vêm paulatinamente revisando as projeções para a taxa Selic tida como suficiente para conter a alta dos preços.
No último relatório Focus, a estimativa dos especialistas apontava para uma taxa de 8,75% no fim deste ano, chegando a 9,5% em 2022 —em janeiro, as estimativas eram de 3,25% e 4,75%, respectivamente—, e é provável que novos ajustes ocorram após a alta de 1,5 ponto percentual do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) que levou a Selic para 7,75%.
Além de reduzir a atratividade das ações da Bolsa, o aumento dos juros, que subiram ainda mais nos últimos dias por conta das incertezas sobre a política fiscal do governo, tem causado impactos negativos para o mercado imobiliário.
Após uma queda de 10,2% no ano passado por conta das restrições impostas pelo isolamento social, o Ifix, índice que reúne os principais fundos imobiliários, acumula desvalorização próxima de 6,5% em 2021, até 27 de outubro.