Shoppings estão mais vazios, mas centros comerciais de rua crescem no País
Fonte: Mercado & Consumo

Os shopping centers estiveram entre os setores mais afetados pela crise decorrente da pandemia de Covid-19, mas outra categoria de centros comerciais tem seguido o caminho inverso e crescido no País. São os strip malls, que costumam abrigar até 15 lojas, têm operações baseadas principalmente na prestação de serviços e muitas vezes estão localizados em bairros residenciais – mas também contam com a segurança e a limpeza procuradas pelos consumidores que buscam os shoppings tradicionais.
Dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) mostram que, em abril do ano passado, as perdas do setor chegaram a 90% por causa do fechamento obrigatório das portas. Mesmo após a reabertura, o horário de funcionamento permaneceu reduzido e a ocupação de clientes foi limitada em muitas cidades por causa da necessidade de distanciamento social. No balanço anual, o faturamento do setor teve queda de 33,2% na comparação com 2019 – dado visto como positivo pelo setor em meio a tantas turbulências.
Nos strip malls, por outro lado, as receitas caíram entre 25 a 30%, mesmo nos meses de restrições mais rigorosas. A explicação para essa queda menor está no fato de que, no caso deles, muitas lojas não precisaram fechar, seja porque fazem parte de setores considerados essenciais (como os de supermercados e drogarias), seja porque o drive thru foi capaz de atender a boa parte da demanda (nas lanchonetes, por exemplo).
"Alguns estabelecimentos, como clínicas, salões de beleza e academias de ginástica, foram mais afetados. Mas esses centros comerciais são formatos prioritariamente por operações de conveniência e serviços”, exemplifica o presidente da Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls), Marcos Saad.