Você sabe o que é Retrofit?
Processo é bastante utilizado em projetos de revitalização urbana
Da Redação
Apesar de não existir uma tradução literal para o termo de origem inglesa, Retrofit significa algo como “Atualizar o antigo”. Esta é uma técnica que ganhou espaço no mercado imobiliário e da construção civil. Consiste em revitalizar um antigo imóvel, seja para modernizá-lo, torná-lo mais seguro e até adaptá-lo a novas normas. Tudo isso sem desfazer dos materiais originais do empreendimento e mantendo suas características primárias.
O que difere de uma “simples” Reforma?
Um ponto importante de se destacar nas diferenças entre Retrofit e Reforma, além da preocupação em se manter a originalidade do imóvel, é o preço. O Retrofit é um processo que exige extrema cautela e paciência e por isso, tende a ser mais caro do que apenas reformar o espaço.
Dentro de um projeto que envolve Retrofit, existem uma série de procedimentos que também o diferem de ser apenas uma reforma. Os principais são:
Demolição controlada – Esta etapa tem como objetivo ter um controle mais preciso da demolição. É utilizada em projetos de Retrofit (onde há necessidade de se preservar uma estrutura) e em projetos de grandes indústrias (que estão em operação e/ou expansão).
Reforço na estrutura – Esta etapa é essencial nos projetos de Retrofit, como o próprio nome já diz, busca reforçar a estrutura(normalmente muito antiga) para que o imóvel tenha sustentação e seja seguro para os ocupantes.
Substituição/modernização – Sendo importante para trazer a modernização do imóvel e, principalmente a segurança, nesta etapa é realizada a troca da parte elétrica, hidráulica etc.
Quando o Retrofit se torna necessário?
Uma questão importante para entender a necessidade desta técnica é a mercadológica. Muitos investidores, principalmente do mercado de escritórios corporativos, realizam o Retrofit em um imóvel afim de mudar o seu tipo de uso.
“Existem diversos casos de imóveis que, após a realização do Retrofit, tiveram seu tipo de uso alterado, esse processo pode transformar pequenas salas de um edifício em uma só laje corporativa. Inclusive, com o Retrofit é possível alterar um imóvel corporativo para residencial e vice-versa”. Diz Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA.
Em geral, a decisão pode ser tomada por custos (quando o valor da manutenção do imóvel é muito alto) e pela vida útil da propriedade. Além disso, o processo se faz necessário quando é preciso adequar o empreendimento à legislação vigente, adaptando- o a questões de sustentabilidade, acessibilidade, segurança e afins.